terça-feira, 31 de março de 2015

S.A. Docência e Discurso - 2015.01
Alguns trabalhos de Eni P. Orlandi

Eni P. Orlandi - Formada em Letras Anglo-Germânicas, professora de Filologia Românica e Lingüística na USP (1967/1978), e professora do departamento de Lingüística do IEL/Unicamp desde 1979. Coordenadora do mestrado em Ciências da Linguagem na Universidade do vale do Sapucaí (UNIVÁS). Foi professora visitante na Universidade de Paris III,na EHESS-Paris e na Universidade de Buenos Aires. Dedica-se sobretudo à análise de discurso, disciplina que introduziu no Brasil como tal. Tem atuado como pesquisadora do Labeurb desde 1993, do qual foi coordenadora 1993/2011. Sua área de interesse abrange a própria constituição teórica e metodológica da análise de discurso e seu desenvolvimento, a questão da interpretação, e a da relação sujeito/sentido/história/sociedade. Considera a relação do simbólico com o político como fundamental e especializou-se na consideração da ideologia em sua relação com a materialidade da linguagem. Seus objetos de trabalho têm sido variados, abrangendo desde a história do conhecimento e de constituição da língua no Brasil, os discursos sobre a língua, e, relativamente à cidade, o modo como, pela linguagem, se pode conhecer, compreender, interpretar e observar o funcionamento do espaço urbano, as políticas que nela se instituem e os modos de vida, assim como os movimentos da sociedade (e sociais) que aí se engendram. Dá especial atenção aos muros, às escritas urbanas em suas diferentes materialidades, ao grafismo, ás músicas urbanas, á dança, ao corpo e ao movimento de sentidos que fazem funcionar as práticas sociais que se instalam na cidade. Atualmente, coordena o grupo de trabalho "Saber urbano e Linguagem"; pesquisa o discurso eletrônico (Projeto e.urbano); coordena o projeto da ENDICI (Enciclopédia Discursiva da Cidade); coordenou também os projetos temáticos SPEU (Sentidos públicos no espaço urbano) e CAEL (financiados pela Fapesp) onde trabalhou o espaço público e a constituição dos sentidos, visando a significação do espaço e a espacialização dos sentidos, e com a constituição imaginária do consenso e as políticas de gestão da sociedade;é pioneira na pesquisa sobre o espaço da violência, na perspectiva discursiva; e tem-se dedicado à compreensão dos processos de identificação, de individuação do sujeito em uma sociedade capitalista na conjuntura atual, ou seja, marcada pela mundialização, pelo neo-liberalismo. Seu objeto de trabalho tem sido a delinqüência (menino do tráfico, terrorismo, migração etc) e a constituição histórica das cidades no território brasileiro e suas consequências políticas. Além disso, tem voltado suas pesquisas para a relação, discurso, espaço, acontecimento e processos identitários Tem publicado em revistas nacionais e internacionais assim como livros sobre os temas de suas pesquisas. Alguns deles são, por exemplo, Terra à Vista, A Linguagem e seu Funcionamento, O que é Lingüística (coleção Primeiros Passos da Brasiliense), Discurso e texto, Interpretação, Cidade dos sentidos, Análise de Discurso: princípios e procedimentos, As Formas do Silêncio, entre outros. Este último ganhou o prêmio Jabuti em Ciências Humanas e foi traduzido para o francês tendo sido coreografado por G. Appaix cuja coreografia "Je ne sais quoi" foi apresentada no Teatro da Bastilha em Paris. Seu projeto de pesquisa atual, em curso, é “A Casa e a Rua: uma relação política social de produção de sentidos”.


ORLANDI, Eni P. Sentidos em fuga: efeitos da polissemia e do silêncio. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=u0Y2KGVkm9U

O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), do Icict/Fiocruz, promoveu no dia 19 de agosto de 2014 a palestra Sentidos em fuga: efeitos da polissemia e do silêncio, com Eni Orlandi, precursora no Brasil da teoria de Análise do Discurso.
A VideoSaúde Distribuidora disponibilizou o vídeo da palestra em seu canal do Youtube.


Eni Orlandi fala sobre análise do discurso e linguagem em entrevista: "Significar com palavras é diferente de significar em silêncio".
Entrevista disponível em: 

Conferência de Eni Orlandi - V SEAD UFRGS Para onde vai a Análise de Discurso?


Entrevista realizada pela Profa. Dra. Raquel Goulart Barreto – UERJ.
TEIAS, Rio de Janeiro, ano 07, no. 13-14, jan/dez 2006. Pp. 01/07.
ANÁLISE DE DISCURSO: CONVERSA COM ENI ORLANDI






domingo, 22 de março de 2015

S.A. Docência e Discurso - 2015.01
LEITURAS

MUTTI, Regina Maria Varini. O primado do outro sobre o mesmo. Seminário de Estudos em Análise do Discurso (1.: 2003: Porto Alegre, RS). Anais do I SEAD - Seminário de Estudos em Análise do Discurso [recurso eletrônico] – Porto Alegre: UFRGS, 2003. Disponível em: http://www.analisedodiscurso.ufrgs.br/anaisdosead/sead1.html

ORLANDI, Eni. Discurso, imaginário social e conhecimento. Em Aberto, Brasília, ano 14, n. 61, jan./mar. 1994, p. 52-59. Disponível em:  http://www.emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/911/817

ERNST-PEREIRA, Aracy; MUTTI, Regina Maria Varini. O Analista de Discurso em Formação: apontamentos à prática analítica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 36, n. 3, p. 817-833, set./dez. 2011. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/issue/view/1526

FISS, Dóris Maria Luzzardi; BARROS, Rafael D´Ávila. Escola, currículo e identidades juvenis: efeitos de sentidos no discurso de professores. Educação (Porto Alegre, impresso), v. 37, n. 3, p. 369-380, set.-dez. 2014. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/18084/12445

FISS, Dóris Maria Luzzardi; VIEIRA, Lucas Carboni. Juventudes na escola: vozes e significações docentes. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 14 - n. 3 - set-dez 2014, p. 542-568. Disponível em: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/5791/pdf_58

CAREGNATO, Rita Catalina Aquino; MUTTI, Regina. Pesquisa qualitivativa: análise de discurso versus análise de conteúdo. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2006 Out-Dez; 15(4): 679-84. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072006000400017

sábado, 21 de março de 2015

Biblioteca Virtual - Educação Contemporânea

CURRÍCULO, PERSPECTIVAS E PARADIGMAS

TEXTO 1 - GALLO, Sílvio. Currículo: entre disciplinaridades, interdisciplinaridades... e outras ideias. In: SILVEIRA, Érico da (org.). Currículo: conhecimento e cultura – Programa Salto para o Futuro. Ministério da Educação, Secretaria da Educação a Distância, Ano XIX, N. 1, abr. 2009. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012193.pdf. Acesso em 05 de janeiro de 2015.
TEXTO 2 - SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pós-moderna. Estudos Avançados [online], Instituto de Estudos Avançados na Universidade de São Paulo. 1988, vol. 2, n. 2, p. 46-71. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v2n2/v2n2a07.pdf. Acesso em 05 de janeiro de 2015


CULTURAS JUVENIS

TEXTO 3A - CARRANO, Paulo C. R. & MARTINS, Carlos H. S. A escola diante das culturas juvenis: reconhecer para dialogar. Revista Educação (UFSM), v. 36, n. 1, jan/abr. 2011. 14 p. Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reveducacao/article/view/2910/1664
TEXTO 3A - LEÃO, Geraldo. Entre sonhos e projetos de jovens, a escola. In: DAYRELL, Juarez; MOREIRA, Maria Ignez Costa; STENGEL, Márcia (orgs.). Juventudes contemporâneas: um mosaico de possibilidades. Belo Horizonte: Editora da PUCMINAS, 2011. p. 99-115. Disponível em: http://www.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20120704131151.pdf?PHPSESSID=ff5ed73f5caf66dee9ca6bed9c8697cb
TEXTO 3A DAYRELL, Juarez A. Escola como espaço sócio-cultural. In: ______ (org.) Múltiplos Olhares sobre educação e Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996. Acesso em 15 de março de 2011. Disponível em: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/sec21/chave_artigo.asp?cod_artigo=1068
TEXTO 3A – DAYRELL, Juarez A. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1105-1128, out. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a2228100.pdf
TEXTO 3A – FISS, Dóris Maria Luzzardi; BARROS, Rafael D´Ávila. Escola, currículo e identidades juvenis: efeitos de sentidos no discurso de professores. Educação (Porto Alegre, impresso), v. 37, n. 3, p. 369-380, set.-dez. 2014. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/18084/12445
TEXTO 3A – FISS, Dóris Maria Luzzardi; VIEIRA, Lucas Carboni. Juventudes na escola: vozes e significações docentes. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 14 - n. 3 - set-dez 2014, p. 542-568. Disponível em: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/5791/pdf_58
TEXTO 3A – FISS, Dóris Maria Luzzardi; VIEIRA, Lucas Carboni. Juventudes na escola: vozes e significações docentes. Revista Contrapontos - Eletrônica, Vol. 14 - n. 3 - set-dez 2014, p. 542-568. Disponível em: http://siaiweb06.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/5791/pdf_58


IDENTIDADES DOCENTES

TEXTO 3B - GARCIA, Maria Manuela Alves; HYPOLITO, Álvaro Moreira; VIEIRA, Jarbas Santos. As identidades docentes como fabricação da docência. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 45-56, jan./abr. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n1/a04v31n1.pdf
TEXTO 3B – TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação, jan/fev/mar/abr 2000, N. 13, p. 5-24. Disponível em: http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5427_368/TARDIF_Saberes_p rofissionais_dos_professores.pdf
TEXTO 3B – TARDIF, Maurice e RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho na escola. Educação e Sociedade, ano XXI, N. 73, dezembro/2000, p. 209-244. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v21n73/4214.pdf
TEXTO 3B – LÜDKE, Menga e BOING, Luiz Alberto. Caminhos da profissão e da profissionalidade docentes. Educação & Sociedade, vol. 25, n. 89, p. 1159-1180, set./dez. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v25n89/22616


VIOLÊNCIA E ESCOLA

TEXTO 3C - SANTOS, José Vicente Tavares dos. A violência na escola: conflitualidade social e ações civilizatórias. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 105-122, jan./jun. 2001. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27857/29629
TEXTO 3C – ZALUAR, Alba e LEAL, Maria Cristina. Violência extra e intramuros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 16, 45, fevereiro 2001, p. 145-164. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbcsoc/v16n45/4335.pdf
TEXTO 3C – CHARLOT, Bernard. A violência na escola: como os sociólogos franceses abordam a questão, Sociologias, Porto Alegre, ano 4, n. 8, jul./dez. 2002, p. 432-443. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/soc/n8/n8a16.pdf
TEXTO 3C – ROLIM, Marcos. Justiça restaurativa: para além da punição. In: ______. A Síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurança pública no século XXI. Zahar, Rio de Janeiro, 2006. (Texto digitalizado)
TEXTO 3C – LEAL, Maria Angélica. A experiência do uso da justiça restaurativa na Escola Dolores Alcaraz Caldas. Centro Universitário Ritter dos Reis, Faculdade de Direito, Porto Alegre, 2012. (Texto digitalizado)


PLANEJAMENTO

TEXTO 4 – FREIRE, Paulo. A dialogicidade – essência da educação como prática de liberdade. In: ______. Pedagogia do oprimido. 21ª. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993. 26 p. (Texto digitalizado
TEXTO 5 – HERNANDEZ, Fernando & VENTURA, Montserrat. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos. In: ______. A organização do conhecimento por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio. 5. Ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 61-84. (Texto digitalizado)


Um pouco dos caminhos... em imagens...








Educação Contemporânea - uma história para nunca acabar...

Primeiras horas de outono e já fico a imaginar os espaços e tempos a mudarem. Um certo dourado sutil a matizar dias e noites. Sopros de um vento que acalma o coração e nos abraça a granular os caminhos. A vida seguindo seu fluxo, nas terça e quintas "insanas", com algumas dezenas de licenciandos e licenciandas com quem passo a compartilhar "palavras, guardadas em velhos frascos de cristal", que estavam a nossa espera para, tal qual espelhos, se desmanchar em faíscas que têm nome. 
Um nome grande - EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA: CURRÍCULO. DIDÁTICA, PLANEJAMENTO. 
Um nome que se desdobra e vive nas expectativas e frustrações de cada um, nos desejos, nas (in)certezas, no jogar-se de uma mesa nos braços dos colegas, no inventar uma máquina, no novelo de lã, nas rodadas de conversa, nas oficinas, nas vozes misturadas nas quais reverberam diferentes sotaques sociais e culturais, variadas (des)crenças, (in)tensos modos de se descobrir produtor de saberes docentes desde já e desde sempre. 
Um nome que lembra deslocamento para uma escola-parceira na zona sul, piquenique noturno na FACED, café expresso e... paradigmas, perspectivas curriculares, culturas juvenis, identidades docentes, violência na/da/à escola, planejamento, avaliação.
Um nome que lembra muitos colegas da educação básica com quem a docência é compartilhada em mais de um encontro ao longo do semestre.
Um nome que lembra entre-lugares, equívocos, surpresas, sentidos outros, autorias, artistagens.
Um nome que lembra 
INVENÇÃO DA DOCÊNCIA,
DOCÊNCIA COMO ESCRITA DE SI.
Um nome que lembra "A casa das palavras" de Eduardo Galeano.
Casa das palavra que ofereço à leitura de todos com um convite: que essa casa tenha nosso jeito e que, nela, possamos aprender uns com os outros, reconhecendo a potência dos saberes que circulam e chegam até nós por meio de tantos caminhos, mestiçados por tantas cores.

A casa das palavras
Na Casa das  Palavras, sonhou Helena Villagra, chegavam os poetas.
As palavras, guardadas em velhos frascos de cristal,
esperavam pelos poetas e se ofereciam,
loucas de vontade de ser escolhidas:
elas rogavam aos poetas...
que as olhassem... as cheirassem... as tocassem... as provassem!
Os poetas  abriam os frascos,
provavam palavras com o dedo e então...
lambiam os lábios ou fechavam a cara.
Os poetas andavam em busca de palavras que não conheciam,
e também buscavam palavras que conheciam e tinham perdido.
Na casa das palavras havia uma mesa das cores.
Em grandes travessas as cores eram oferecidas,
E cada poeta se servia da cor que estava precisando:
amarelo-limão ou amarelo-sol,
azul do mar ou de fumaça,
vermelho-lacre, vermelho-sangue, vermelho-vinho...


QUE ESTE SEJA MAIS UM SEMESTRE DE HISTÓRIAS PARTILHADAS, DOCÊNCIAS INVENTADAS E AMIZADES DESCOBERTAS... AMIZADES ENTRE NOSSOS SABERES.