sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ciranda das palavras



Olá, amig@s!

Estou abrindo uma "página" nova na minha vida, uma página virtual. O que vocês acham de me ajudar a escrevê-la? Deixem, aqui, um pouco desses cheiros e sabores das coisas da vida de cada um, dessas coisas que encantam e arrebatam!

Abraço amigo,

Dóris

9 comentários:

Unknown disse...

sou mais uma voz de aluno, fazendo barulho diante dos conhecimentos e das vivências de uma "GRANDE" professora.
Um grande beijo...

Anônimo disse...

Posso aqui me descrever como mais uma voz de aluno como fez a colega Mari, e acho que sou isso. Mas pretendo ser mais.Quero ser tua colega, tua amiga e quem sabe fazer parte de tudo que tu carregas quando dá aula. Fazer parte de toda a paixão que tu demonstra quando cita um aluno, um texto, um livro, um autor. Quando fala de ti inserida dentro do discurso teórico, quando demosntra tuas vivências e teus saberes construídos e quando demonstra todo esse otimismo e esperança na educação e na vida pra frente.
Quem sabe, algum dia, vamos tomar café e bater papo descompromissado sobre como resolver os problemas do mundo...hehehe. É bom fazer isso, eu adoro, principalmente com quem sabe escutar como quem conversa e saber me fazer escutar, o que normalemnte não acontece.
Saiba que há algum tempo, pouco tempo, tu já faz parte de tudo que sou e de tudo que carrego e tua fala é sempre significativa pra mim, mesmo quando não estive tão otimista e certa de que as coisas mudam.
Um abraço apertado e mil bjos.
Lizi
Pedagogia Uergs.

Silvana Carvalho disse...

Oi minha amiga. Compartilhar espaços contigo sempre foi um prazer, e esse novo lugar que a tecnologia vem nos presentear também será espaços de cumplicidades e autorias. Beijos Silvana.

Fabi disse...

Minha muito querida amiga Dóris! Adorei a idéia do blog. Parabéns! Tu és, destas poucas pessoas, que ainda carrega a inocência e a pureza que a vida trata de tirar (ou quem sabe esconder), quando nos tornamos adultos. Já estou me deliciando com a "Ciranda das palavras". Com carinho, Fabi.

Mariane Biscuit's disse...

ola profa, muito boa ideia do blog, para que possamos trocar ideias, adorei muitos beijos Mariane!!!

Unknown disse...

há aqueles que lutam um dia;e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são mito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda.
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis"
(Brecht)
certamente, a professora Dóris é uma dessas pessoas imprescindiveis. que possue uma dimensão coletiva e com afetividade

josiel moura disse...

ola só para avisar que o comentario que esta com nome de moua é meu ... pois já era tarde no momento em que acessei e não tinha email do gmail para deixar minha contribuição ...
ps: moua é minha filhinha que de alguma forma contribui! hehehehe abraços desculpas.
deixarei efetivamente a minha contribuição:
"A própria concepção do mundo responde a determinados problemas colocados pela realidade[...]Como é possível pensar o presente, e um presente bem determinado, com um pensamento elaborado em face de problemas de um passado freqüentemente bastante remoto e superado?"(Gramsci. Cadernos do Cárcere, 2004)O marxismo é a ciência do capitalismo e , portanto, não podemos postular sua morte se seu objetivo não desapareceu[...] o marxismo é a única teoria capaz de pensar o capitalismo dentro de uma perspectiva histórica e dialética evitando reducionismo [...] a crise do paradigma marxista sempre ocorreu exatamente quando seu objeto de estudo fundamental parecia estar mudando de aparência, ou passando por mutações imprevistas.[...] por isso podemos desconsiderar os discursos que negam sua afirmação de mudar as relações históricas [...] discurso este fadado a acabar junto com o sistema que ele apóia.

josiel moura disse...

A educação para além do capital de MÉSZÁROS, István. sua proposta epstemlógica de educação como ação radical transformadora.
Em educação para além do capital
O autor antecipa sua abordagem com três epigrafes escolhidas para enunciar sua obra e abordar a urgência nas transformações sociais de reprodução na qual esta inserida a escola. A primeira é de Paracelso; “A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém passa dez horas sem nada aprender.” Desta forma Mézáros compreende que a educação é algo mais amplo (que a educação é a própria vida dos sujeitos, podemos dizer que a educação, como um amplo processo de formação, justamente por acontecer em diversos momentos e espaços, ocorre também no espaço da instituição escola no qual todos estão encharcados pela lógica degradante do sistema do capital). A segunda de José Martí: “chega-se à terra como cera, e o destino nos esvazia em moldes preestabelecidos. – As convenções criadas deformam a existência verdadeira. [...] As redenções vem sendo formais ; é necessário que sejam essenciais[...] A liberdade política não estará assegurada enquanto não se assegurar a liberdade espiritual. [...] A escola e o lar são as prisões formidáveis do homem. Nesta segunda epigrafe o autor entende que as formalidades de ensino durante os processos históricos deturpam o verdadeiro significado da educação e critica as soluções já tentadas( reformas – são apenas formais - afim de corrigir pequenos detalhes defeituosos da lógica do capital). A terceira epigrafe é de Marx em uma de suas teses sobre Feuerbach , a obra cita como ponto de separação: as formulas idealistas na qual não existe esperança para sobrevivência humana nem para melhorias nas condições de existência; e a proposta marxista, defendendo o rompimento efetivo que nos leve para “Além do capita”uma mudança radical para superar os graves antagonismos que molestam a existência humana em sua totalidade.

A lógica do capital e seu impacto sobre a educação

A educação e os processos sociais de reprodução estão intimamente ligados. Uma modificação na educação significa consequentemente uma mudança nos quadros sociais (no qual a educação deve cumprir historicamente sua função de mudança significativa, Freire também compreende que a educação e parte fundamental no processo de transformação do sistema vigente, mas que ela só não ira mudar a sociedade). Mas ao longo do processo histórico da sociedade/educação, as mudanças ocorridas – mesmo as mais nobres formulações de utopias educacionais – serviram para corrigir algum detalhe defeituoso da ordem pré-estabelecida de forma a manter intacta a lógica global de determinado sistema de reprodução sócio metabólico. Mesmo bem intencionados estes críticos, propuseram reformas educacionais para remediar os efeitos da ordem reprodutiva capitalista, “sem eliminar seus fundamentos causais antagônicos e profundamente enraizados”. Para que aja uma transformação qualitativa na educação, é necessário romper com a lógica do capital. Abandonar uma transformação expressiva da educação significa abandonar a transformação social qualitativa. O único sentido de mudança educacional - diferente de “retificação educacional” - é rasgar a camisa-de-força da lógica incorrigível do sistema: uma estratégia de rompimento do controle exercido pelo capital, com todos meios disponíveis, bem como todos os meios ainda a ser inventados e que tenham o mesmo espírito.

As soluções não podem ser apenas formais elas devem ser essenciais

(Mészáros, p. 47), e assim introduz a compreensão de uma “concepção mais ampla de educação” (Apud, p. 53), a qual, em nossos processos contínuo de aprendizagem

[...] comportam tudo, desde o surgimento de nossas respostas críticas em relação ao ambiente material mais ou menos carente em nossa primeira infância, do nosso primeiro encontro com a poesia e a arte, passando por nossas diversas experiências de trabalho, sujeitas a um escrutínio racional, feitos por nós mesmos e pelas pessoas com quem as partilhamos e, claro, até o nosso envolvimento, de muitas diferentes maneiras e ao longo da vida, em conflito e confrontos, inclusive as disputas morais, políticas e sociais dos nossos dias.

Podemos dizer que a educação, como um amplo processo de formação, justamente por acontecer em diversos momentos e espaços, ocorre também no espaço da instituição escola. Por isso é que me proponho agora a buscar compreender como tem se desenvolvido esta formação levando em conta a condição de que esse espaço de formação – como todas as outras relações e esferas da sociedade - está impregnado pelos princípios do capital. Sendo assim, a mim surgem muitas inquietações: o que representa a educação no modo de produção capitalista? A quem tem servido a escola? A quem serve a educação?

“A educação institucionalizada serve - no seu todo – o propósito de não só fornecer o conhecimento e o pessoal necessário à máquina produtiva em expansão do sistema do capital, como também gerar e transmitir um quadro de valores que legitimam os interesses dominantes” (2007 p.202). Mesmo tendo os processos de reprodução escolar subordinados sobre seu poder, a classe dominante falsifica a história de forma grosseira para legitimar seus propósitos, conservar e reproduzir seu quadro de valores, para que pareça uma ordem natural e inalterável.
As determinações do capital são reproduzidas e internalizadas em todos meios de educação informais (rádio, televisão, meio acadêmico, livros) ou formais (escola). As instituições formais são apenas uma parte do processo de internalização, pois, os indivíduos participam apenas alguns anos de forma limitada. E nessas instituições, os indivíduos são induzidos a uma aceitação dos princípios reprodutivos orientadores da própria sociedade, adequados a sua posição na ordem social que lhes são atribuídos. Ao internalizar as pressões externas, eles adotam as perspectivas globais da sociedade mercantilizada como inquestionáveis limites individuais a suas aspirações pessoais.
A educação por si só não pode fornecer elementos para uma transformação emancipadora no sistema social do capital. Para que aconteça uma transformação radical emancipadora “as soluções não devem ser formais elas devem atingir todas as instancias mediadoras da sociedade principalmente o trabalho como atividade criativa”.
Mészáros aprofunda sua reflexão das condições reais de emancipação humana, retomando a tese de Marx sobre a alienação do trabalho, tomando-a como a raiz de todas as alienações. Daí surge “a tarefa de superar a alienação por meio de um novo metabolismo reprodutivo social dos produtores livremente associados.” (Mészáros, 2005, p. 60). Ele ainda insiste que essa estratégia não pode ser orientada apenas por uma negação, pois “todas as formas de negação permanecem condicionadas pelo objeto da sua negação.” (Mészáros, 2005, p. 60).
O papel crucial na construção de uma alternativa real hegemônica é revestir, antes da “conquista do poder”, em sua fase inicial, de “negação radical”, com a finalidade de centrar-se no enfrentamento do capitalismo. A educação, aí, toma contornos fundamentais nessa luta e enfrentamento. Mészáros sublinha que o “cumprimento dessa nova tarefa histórica envolve simultaneamente a mudança qualitativa das condições objetivas de reprodução da sociedade, no sentido de reconquistar o controle total do próprio capital ...” (2005, p.65).
A educação é estratégica nesse movimento. A partir dela é possível, além de mudar as condições de reprodução, gerir “automudança consciente dos indivíduos chamados a concretizar a criação de uma nova ordem social metabólica radicalmente diferente” (Mészáros, 2005, p. 65). Para isso se coloca como inevitável a tarefa de tornar real a transcendência da “auto-alienação do trabalho”. A proposta de Mészáros é de conteúdo histórico e dialético, na medida em que toma o conceito de luta de classes, como um movimento concreto da consciência classista dos trabalhadores para que se subjugue a estrutura e a reprodução metabólica do capital. O autor interpela aqueles que enraízam sua consciência na tentativa de transformação societal para a promoção do homem como sujeito emancipado, soberano produtor e criador de sua história, enquanto um ser social completo e coletivo.
É sob esse espectro epistemológico-prático que Mészáros é veemente preciso ao defender, para essa nova ordem de reprodução metabólica, “a universalização da educação e a universalização do trabalho como atividade humana auto-realizadora” (Mészáros, 2005, p.65). A centralidade da tese mészáriana é a unidade entre a educação em seu sentido ativo e vivo para vida e o trabalho como condição realizadora da existência humana. Sem essa unidade não haverá soluções que sejam capazes de se opor, negar e transcender à dinâmica de produção do capital e reprodução de imposições legitimadas da sociedade capitalista.
Nesse contexto de viabilização que a educação para Mészáros toma outro aspecto fundamental, sendo “inconcebível que se introduza esse controle consciente [dos produtores livremente associados] dos processos sociais (...) sem ativar plenamente os recursos da educação no sentido mais amplo do termo (Mészáros, 2005, p.72). E, seguindo essa orientação, o autor aponta para a “educação continuada” na intersecção da “auto-gestão”. A educação continuada se constituiria para os indivíduos no conteúdo vivo e ativo para habilitá-los num processo contínuo de seus novos conteúdos históricos, de acordo os “princípios globais e orientadores da sociedade transformada”. A auto-gestão diz respeito a forma e o conteúdo que os produtores livres associados têm de conceber e de gerir a nova reprodução metabólica. Mas a pergunta a ser feita é quando será possível empreender tal tarefa e empenhar-se na luta para a derrocada do capital? O próprio Mészáros situa o conteúdo histórico para essa resposta. Segundo ele, o atual contexto de crise estrutural global do capital, e incorrigível, revela-se importante para a tomada de posição consciente no campo da luta de classes. Ele destaca que “a nossa época de crise estrutural global do capital é também uma época histórica de transição de uma ordem social existente para outra, qualitativamente diferente” (Mészáros, 2005, p. 76).
A compreensão do pensamento de Mészáros, o qual denominamos epistemológico-prático, está diretamente imbricado com a tese marxista de que “os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo”. (Marx, 1991, p. 14). É sob esse princípio orientador que a obra desse autor funda esse conteúdo de prática e de um conhecimento orientado por um pensamento agudo e revolucionário. Toma para si a realidade como uma atividade humana histórica em seu conteúdo objetivamente humano. Mais do que alertar sobre a institucionalidade da educação e o papel de internalizações do capital, Mészáros desnuda a política reprodutora que encerra sua natureza histórica na atual forma sistêmica do capitalismo. Não somente nega as orientações da educação institucionalizada, como reguladora das contradições antagônicas, sob a dimensão do capital, porque esta se justapõe na esteira desse processo, mas contrapõe a ela uma outra concepção de educação: uma educação no sentido mais amplo, fora da esfera da legalidade e dos sancionamentos capitalistas.
Em Mészáros, a educação assume um caráter eminentemente político e prático, na estreita conexão com o trabalho, enquanto “atividade auto-realizadora”, cuja unidade é fundamental. Dessa perspectiva é possível criar condições que se materializem na e para a vida dos trabalhadores, mobilizando-os na e para organização de novos pilares de uma sociedade a ser transformada. A superação da auto-alienação do trabalho consiste na realização epistemológico-prática da educação e do trabalho: uma unidade necessária para o novo processo social, que é a tese central da obra “A educação para além do capital”. A educação funcionaria como uma catarse das mitificações, das internalizações dos valores e dos princípios dominantes capitalistas. “A educação para além do capital” é radical justamente por tomar como seu princípio a práxis humana em seu conteúdo histórico e revolucionário.

TAMARA disse...

OI PROFª APESAR DE VIVER EM CIMA DE UM PC, TENHO POUCO TEMPO PARA PASAR POR AQUI, MAS HO0JE CONSEGUI,DEI UMA LIDA NAS PUBLICAÇÕES E NOS COMENTÁRIOS, GOSTEI DESTA IDÉIA , POIS ASSIM TODOS OS ALUNOS PODERÃO SE EXPRESAR ...

BJOO